sexta-feira, 8 de março de 2013

domingo, 30 de janeiro de 2011

Trenzinho de Caconde no Lata Velha

Oi gnt!
O nosso post de hoje vai tratar de uma causa nobre: a reforma do trenzinho de Caconde.
Estamos tentando mandá-lo para o quadro Lata Velha do Caldeirão do Huck.
Pra quem não conhece a história, vale dar uma olhadinha!
No dia 9 de junho de 1942, nascia um autêntico apaixonado por carro. Paixão herdada de família, já que seu pai era motorista de ônibus. Desde cedo, José Antônio Semensato, mais conhecido como Zezinho do Trenzinho, vive entre automóveis. Seu primeiro emprego, numa oficina mecânica aos 9 anos, era cuidando das máquinas, pintando, lixando, retocando e convivendo com o que faria parte da sua vida toda. De reparador, passou a ser condutor de veículos automotores. Trabalhou por cerca de 20 anos como motorista de ônibus. Se já era íntimo dos dispositivos internos responsáveis pelo funcionamento dos carros, iria se tornar igualmente familiarizado com as vias que riscavam os sertões de São Paulo e das Gerais. Porém, acometido por um problema cardíaco, teve de afastar-se do volante. Isso foi há 29 anos. O homem, intimamente ligado ao universo das quatro rodas, viu- se distanciado não só do ofício que tinha como paixão, como também se surpreendeu sem meios para manter o sustento da esposa e dos filhos.
Comovido com a questão e sabedor do fascínio de Zezinho pelo universo automobilístico, o tio cedeu um trator e uma carreta para ajudá-lo. Quem vive ou viveu no interior, sabe do magnetismo que os tratores exercem sobre as crianças do campo. Muitas delas adoram acompanhar os pais nas tarefas domésticas de fazendas e sítios, sentados sobre aqueles veículos. Foi daí que Zezinho resolveu aliar seus conhecimentos e necessidades aos anseios da criançada: inicialmente, acoplou a carreta à máquina ganhada pelo tio para carregar os guris. Logo a composição ganhou novos “vagões” e o modesto trator começou a ganhar ares de uma simpática mini-locomotiva. Nascia, assim, o “Trenzinho da Alegria”, que fez com que Zezinho se tornasse conhecido entre os cidadãos da recôndita Caconde. Os domingos na Praça da Matriz da cidade jamais seriam os mesmos. À agitação da meninada em torno da sorveteria, do pipoqueiro e da fonte luminosa, somou-se a fila ansiosa dos próximos “passageiros” do trem. A estratégia foi bem-sucedida, a ponto de atuar como único meio de subsistência da família. O trenzinho chegou a realizar até cerimônias de casamento.
Os quatro filhos(Regina Mara, Ronaldo, Cristina e José Renato Semensato) contribuíam para o andamento do negócio. Enquanto um ajudava na limpeza, os outros se encarregavam do embarque e desembarque das crianças e da cobrança da tarifa, equivalente a cerca de um real nos dias de hoje. Com o passar do tempo, Zezinho foi descobrindo outra paixão além das máquinas: as crianças. Como muitas delas não podiam pagar para se divertir no passeio do “Trenzinho da Alegria”, Zezinho começou a oferecer um dia da semana para o trenzinho rodar sem cobrar nada. Eram inúmeros passeios com crianças carentes de escolas, creches e orfanatos de Caconde. O envolvimento dele com a garotada era tanto, que Zezinho acabou por conhecer no trenzinho uma criança que conquistou especialmente seu coração: o garoto Adriano, que acabou sendo adotado por ele e hoje tem 28 anos.
Mas essa história comovente caminha para um final nada feliz. Hoje, aos 68 anos, José Antônio não pode mais ser Zezinho do Trenzinho. Após uma série de problemas de saúde e financeiros, e com o passar dos anos, a vida do homem do trenzinho tomou um rumo bem diferente. A máquina foi impedida de circular. Mesmo assim, Seu José não perdeu a paixão pelas máquinas. Trabalha num ferro-velho, reformando e remontando peças de automóveis já sem uso. Continua fazendo o que gosta, mais teve que esquecer o outro hobby que era carregar a molecada. O trenzinho está parado, velho, não conservou as mesmas funções de seus tempos de locomotiva da alegria. Seu Zezinho ainda cuida dele com zelo, como se fosse alguém da família. Para ele, o trenzinho é muito mais que um automóvel.
A reforma do “Trenzinho da Alegria” representa para este homem a realização de um sonho, distante no seu caso, devido à péssimas condições físicas e econômicas. Mais do que isso, a possibilidade do trenzinho nas ruas significa a volta no brilho do olhar de milhares de crianças que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a magia da locomotiva da alegria, dos seus passeios dominicais pelos pontos turísticos da cidade de Caconde. A população da cidade aguarda ansiosa para ser escolhida pela equipe do Lata Velha, e espera que com a ajuda do Caldeirão do Huck, possa resgatar a alegria no coração de um verdadeiro apaixonado por carros.



Bom, é isso! Conto com a torcida de vocês!

Esse vídeo mostra o passeio do Dia da Crianças do ano passado, pouco antes do trenzinho parar.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

No Spoilers!?!

Oi gnt!
Esse vai ser meu primeiro post livre de spoilers. Não por acaso,o assunto dele é exatamente a dificuldade em se resenhar qualquer coisa sem as malqueridas revelações prévias de fatos relevantes da obra. Mas até que ponto isso realmente atrapalha a apreciação da mesma?
Particularmente, trago uma mania da infância: não gosto nem de passar os olhos sobre as palavras da orelha de um livro. Isso acontece geralmente quando estou com um livro em mãos prestes a lê-lo ou comprá-lo. Durante a leitura, me esforço para não ver nenhuma frase da sinopse, caso ocorra, torço que não seja assimilada para que não haja risco de alguma revelação inconveniente. Quando vejo algum livro que não tenho a intenção específica de ler, sempre leio a orelha, e às vezes isso me desperta vontade de lê-lo.
Ao ler uma revista, normalmente leio resenhas e sinopses com indicações de filmes e livros, dependendo, arrisco até um comentário. Só interrompo a leitura se notar que a obra me interessa muito. E só se tiver muitooos spoilers. E uma resenha, sinopse ou comentário contando tudo sobre a obra passa a ser uma descrição, e nesse caso, perde toda a graça.
Nunca tinha reparado nisso, mas esses dias descobri uma pessoa que tem total aversão profunda à qualquer tipo de comentário sobre qualquer obra desconhecida por ela. Esse cara odeia tanto spoilers, que antes de ler o conteúdo do meu blog, me perguntou se o mesmo estava livre deles e eu simplesmente não sabia o que dizer. Agora estou paranóica com isso. Será que não sei escrever sem "spoilar"? Fiquei com certas dúvidas...
Quando uma resenha começa a se tornar "spólica"(inventei esse adjetivo!), ou excessivamente reveladora?
Até que ponto um comentário pode despertar o interesse por uma obra, e não o contrário?
Será que uma simples sinopse altera a apreensão de um conteúdo, ou talvez consiga instigar uma interpretação sobre ele diferente da que seria sem nunca ter ouvido falar sobre?
Mais uma coisa. Se quando descobrimos algo sobre um filme ou livro antes de apreciar a obra achamos que toda a magia está perdida, qual seria a graça de revê-los?
Realmente não sei a reposta disso!
Bem, esse post já está ficando confuso... rs
Começo uma cruzada para escrever ao menos uma resenha sem spoilar aqui...
E você, meu caro amigo, vai ter que ler pra me ajudar a decifrar o mistério que paira sobre esse complexo "estraga-prazeres" cultural.
Bom, por hoje é só!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Fantasma Sai de Cena



Ganhador do prêmio Pulitzer em 1998- por Pastoral Americana- Philip Roth e seu alter-ego Nathan Zuckerman nos presenteia com mais um de seus romances de reflexão.

Fantasma sai de Cena, última obra do autor traduzida para o português, se passa em 2004, numa Nova York assustada pelo 11 de setembro e desiludida com a reeleição de George W. Bush.

É em meio a esse clima de agitação política e medo que Nathan Zuckerman retorna à Big Apple, após viver onze anos isolado numa cidadezinha da Nova Inglaterra. Com 71 anos, sofrendo as conseqüências de uma cirurgia para a remoção de um câncer de próstata, Zuckerman retorna à cidade para tentar controlar a incontinência urinária decorrente da cirurgia.O que era para ser apenas uma rápida passagem pela cidade se torna um conflito para o personagem.

Quando se depara novamente com a civilização e reencontra figuras do passado, Zuckerman, um famoso escritor de romances (o alter-ego assumido de Roth), passa por muitas situações que o fazem colocar em cheque suas convicções.

Seduzido pelo dinamismo das relações humanas que há anos havia decidido eliminar de sua vida, o escritor passa por uma crise existencial que o faz ficar dividido entre a escolha de voltar para o seu universo afastado do mundo real, ou recomeçar a viver.

Limitado pelo peso da velhice e do isolamento a que se impôs, Zuckerman acaba por descobrir que não é mais o mesmo herói convicto da juventude.

Com diálogos riquíssimos e reflexões sagazes sobre o tempo e o peso das nossas escolhas, o livro rende momentos de sabedoria e horas de envolvimento com a trama.

Um romance desses difíceis de largar. Ao mesmo tempo, desses que se prolonga para que dure o máximo de dias possíveis de leitura.

Para os que não forem compartilhar dessa obra, que promete ser o último romance da “dupla” Roth-Zuckerman, selecionei um trecho que vale a pena ser lido.

Amy Bellete, uma das personagens da trama, escreve essa carta ao jornal The New York Times ao ler uma matéria publicada sobre Ernest Hemingway.

Amy explica a Zuckerman o porquê da carta ao jornal:

“Um repórter foi até Michigan pra tentar encontrar as pessoas que foram os modelos dos contos de Hemingway passados na Península Norte. Aí eu escrevi uma carta pra eles dizendo o que eu achava disso.”

A carta:

‘Antigamente as pessoas inteligentes usavam a literatura para pensar. Esse tempo passou. Durante o período da guerra fria, na União Soviética e nos seus satélites na Europa Oriental, eram os escritores sérios que eram expulsos da literatura; agora, nos Estados Unidos, é a literatura que foi expulsa como influência séria sobre a percepção da vida. Hoje em dia, a maneira mais comum de utilizar a literatura, tal como se vê nas páginas de cultura dos jornais mais esclarecidos e nos departamentos de letras das universidades, é tão avessa aos objetivos da literatura criativa a às compensações que ela proporciona ao leitor de mente aberta, que seria melhor se a literatura não tivesse mais nenhuma utilidade pública.


O jornalismo cultural do seu jornal- quanto mais abundante ele se torna, pior fica. Assim que assumimos as simplificações ideológicas e o reducionismo biográfico do jornalismo cultural, a essência do artefato se perde. O seu jornalismo cultural não passa de fofocas de tablóide disfarçada de interesse pelas “artes”, e tudo aquilo que ele toca se reduz ao que não é. Quem é a celebridade, qual é o preço, qual é o escândalo? Quais as transgressões que foram cometidas pelo escritor, e não contra as exigências da estética literária, mas contra a filha, o filho, a mãe, o pai, o cônjuge, a amante, o amigo, o editor ou o animal de estimação? Sem fazer a menor idéia do que há de intrinsecamente transgressivo na imaginação literária, o jornalismo cultural só se preocupa com falsas questões éticas: “O escritor tem o direito de não-sei-quê?”. O jornalismo cultural é hipersensível com relação à invasão da privacidade perpetrada pela literatura ao longo dos milênios e ao mesmo tempo se dedica obsessivamente a expor em letra de forma, sem nenhuma ficcionalização, quem foi que teve a privacidade invadida e de que modo isso aconteceu. É impressionante a importância que os jornalistas culturais dão às barreiras da privacidade quando o que está em jogo é o romance.

Os primeiros contos de Hemingway se passam na Península Norte de Michigan, e por isso seu jornalista cultural vai até a Península Norte e faz um levantamento dos nomes dos moradores de lá que supostamente serviram de modelo aos personagens dos contos. Que surpresa: eles, ou seus descendentes, acham que foram prejudicados por Ernest Hemingway. Esses sentimentos, ainda que injustificados, infantis ou simplesmente imaginários, são levados mais a sério do que a ficção, porque para o seu jornalista cultural é mais fácil falar sobre eles do que sobre a ficção. A integridade do informante do jornalista jamais é questionada – só se questiona a integridade do escritor. O escritor passa anos trabalhando no texto, aposta tudo que tem no seu trabalho, escreve cada frase sessenta e duas vezes e no entanto não tem nenhuma consciência literária, compreensão, nem meta geral. Tudo que o escritor constrói meticulosamente, juntando trechos e detalhes, não passa de um truque, de uma mentira. O escritor não tem nenhuma motivação literária. Não tem nenhum interesse em representar a realidade. Suas motivações são sempre pessoais, e geralmente vis.

E essa descoberta é confortadora, pois revela que esses escritores não apenas não são superiores às outras pessoas, como afirmam ser- são piores ainda. Esses gênios terríveis!

O fato de que a ficção séria não permite a paráfrase e a descrição- e portanto requer pensamento é um incômodo para o seu jornalista cultural. Ele só leva a sério suas supostas fontes, apenas essa ficção, a ficção do jornalista preguiçoso. A natureza original da imaginação dos primeiros contos de Hemingway (uma imaginação que, num punhado de páginas, transformou o conto e a prosa norte-americana) é algo incompreensível para o seu jornalista cultural, cujos escritos utilizam as palavras honestas da língua inglesa para dizer bobagens. Se você disser a um jornalista cultural: “Dê atenção apenas ao conto em si”, ele não terá o que dizer. Imaginação? Isso não existe. Literatura? Isso não existe. Todas as peças delicadas- e mesmo as que não são tão delicadas assim- desaparecem. E só restam aquelas pessoas que ficaram magoadas por terem sido utilizadas por Hemingway. Será que Hemingway tinha o direito…? Será que algum escritor tem o direito…? Vandalismo cultural sensacionalista se fazendo passar pela dedicação à “arte” de um jornal responsável.

Se eu tivesse um pouco do poder que tinha Stálin, eu não o desperdiçaria silenciando os escritores criativos. Eu silenciaria aqueles que escrevem sobre os escritores criativos. Eu proibiria toda e qualquer discussão pública da literatura em jornais, revistas e periódicos acadêmicos. Eu proibiria o ensino da literatura em todas as escolas primárias, secundárias, faculdades e universidades do país. Eu proibiria grupos de leitura e discussões literárias na internet, eu policiaria as livrarias para impedir que os vendedores falassem aos clientes sobre os livros, e para que os clientes não ousassem falar uns com os outros. Eu deixaria os leitores a sós com os livros, para que tirassem suas próprias conclusões. Eu faria isso por quantos séculos fosse necessário, até desintoxicar a sociedade das tolices peçonhentas que vocês espalham.’


Amy Bellete

Páginas 177- 8- 9.

Aí fica uma reflexão aos simpatizantes do jornalismo cultural e aos que, como eu, desejam trabalhar no ramo. Texto polêmico, diz muitas verdades sobre a atividade jornalística cultural de atualmente.

Até o próximo post!

Maria Izabel da Silva

Roth, Philip. Fantasma Sai de Cena.Tradução de Paulo Henriques Britto-São Paulo: Companhia das Letras, 1a. edição (2008) brochura 14x21cm, 282 págs

O Solista


Esse comentário sobre o filme abaixo tem quase um ano e estava postado no blog de uma amiga querida. Resolvi reuní-lo ao único texto que tenho publicado, na tentativa de reativar este blog. Boa leitura!


O Solista (The Soloist), 2009, dirigido por Joe Wright (o mesmo de Pride and Prejudice, 2005 e Atonement, 2007) é um drama baseado na obra homônima do jornalista Steve Lopez.

O filme narra a história real do músico Nathaniel Ayer, vivido por Jammie Foxx e do jornalista Steve Lopez, interpretado brilhantemente por Robert Downey Jr.

O drama começa quando Steve Lopez, colunista do jornal Los Angeles Times, busca uma história interessante para contar aos seus leitores. Sutilmente pressionado pela editora do jornal- sua ex-mulher Mary Weston, interpretada por Catherine Keener- Lopez continua à procura de uma narrativa envolvente.

Casualmente se encontra com um músico de rua e se depara com ele novamente ao passar dirigindo por um túnel e ser atraído por uma sinfonia incomum ao local. Na tentativa de estabelecer um contato com o músico, Lopez não consegue muita coisa além de frases soltas e sem sentido.

Em uma dessas conversas Nathaniel Ayer diz ter sido aluno da escola de música Julliard (um dos maiores e mais respeitados conservatórios musicais do mundo). Ao checar essas informações, Lopez descobre que Ayer realmente foi estudante do famoso conservatório.

Intrigado com o fato de um prodígio musical como Ayers estar nas ruas, Lopez se envolve na história do músico e passa a escrever sobre ele nas suas colunas.

A grande sacada do filme é que em busca de material para seu trabalho, o jornalista se envolve muito com o personagem e passa a procurar maneiras de ajudá-lo. Desse envolvimento nasce uma grande amizade.

Ayer é esquizofrênico -aficcionado em Beethoven, diga-se de passagem- e uma pessoa muito difícil de lidar e esse fato gera uma série de conflitos entre eles que nos faz refletir qual o limite entre a sanidade e a loucura. Cheio de problemas causados por um casamento mal resolvido e um péssimo relacionamento com o filho, Lopez passa a enxergar as coisas com a mesma simplicidade que Ayers e aprende muitas coisas com ele. (Não vou contar tudo pra não perder a graça!)

O filme me rendeu momentos emocionantes, sobretudo pela atuação fantástica de Downey Jr, que continua brilhante em Sherlock Holmes, 2009.

O Solista saiu de cartaz recentemente, mas vale a pena ser assistido. Com uma trama envolvente, um roteiro bem amarrado e um “sentimentalismo” sutil, sem as apelações emocionais habituais dos filmes hollywoodianos de ultimamente, a obra merecia, com certeza, ter pelo menos concorrido ao Oscar.

domingo, 25 de julho de 2010

Breve Comentário: "Filme: Hanami- Cerejeiras em Flor"



Inauguro o blog contando um pouco da história de um filme que deveria ser assistido por todas as pessoas que desejam entender a velhice do ponto de vista sentimental.
Hanami- Cerejeiras em flor (2008), é um drama comovente, construído de maneira refinada, toca o telespectador por meio de simbolismos sutis, proporcionado pelos diálogos, laconicamente profundos, atuações brilhantes e por bela fotografia.
O filme narra a história de um casal sexagenário que vive de maneira pacata numa pequena cidade alemã. O drama se inicia quando Trudi, interpretada magnificamente por Hannelore Elsner, recebe uma notícia capaz de mudar o rumo de sua vida: seu marido Rudi, vivido por Elmar Wepper, está condenado a pouquíssimo tempo de vida em fator de uma grave doença. A má notícia é transmitida à Trudi pelos médicos, que sugerem que ela planeje a melhor maneira de desfrutar com o marido o tempo de vida que o resta. À partir daí, ela passa a viver uma sucessão de escolhas e angústias que rendem momentos preciosos de emoção, reflexão, sabedoria e descobertas.
Uma obra com direção e roteiro da escritora alemã Doris Dörrie, Cerejeiras está entre um dos melhore filmes do cenário atual. Com uma trama intensa e um roteiro muito bem amarrado, Doris conta de uma forma poética uma história que pode acontecer com qualquer um de nós. Com certeza, vale a pena assistir!
Continuem na linha e até o próximo post!

FICHA TÉCNICA
Diretor: Doris Dörrie
Elenco: Elmar Wepper, Hannelore Elsner, Aya Irizuki, Nadja Uhl, Maximilian Brückner, Birgit Minichmayr, Felix Eitner, Floriane Daniel, Celine Tannenberger, Robert Döhlert, Tadashi Endo
Produção: David Groenewold, Patrick Zorer
Roteiro: Doris Dörrie
Fotografia: Hanno Lentz
Trilha Sonora: Claus Bantzer
Duração: 127 min.
Ano: 2008
País: Alemanha/ França
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Filmes da Mostra
Classificação: 14 anos
Fonte: http://cinema.cineclick.uol.com.br